Nota de Pesar - Sra. Dione Prates Santos
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Diretoria da Adufs manifesta apoio ao estado de greve
aprovado pelas professoras e pelos professores das escolas municipais de Feira
de Santana, em Assembleia realizada nesta terça-feira, 27 de fevereiro de 2024.
Duas paralisações foram aprovadas, uma no dia 8 de março, data de deflagração
do estado de greve, e outra, de caráter nacional, no dia 13 de março.
Inúmeras queixas relativas às condições trabalhistas nas escolas municipais vêm se acumulando nos últimos anos. A principal delas, referente às perdas salariais acumuladas entre 2019 e 2024, já chega a 68,75%. Outro ponto que mobiliza a categoria são as dificuldades enfrentadas para alteração de regime de trabalho para 40 horas, além dos entraves para o pagamento dos precatórios. A precarização das condições de trabalho para docentes contratadas (os) pelo REDA também agrava a situação. Professoras e professores são obrigadas (os) a atuarem nas jornadas de 20 e 40 horas sem reserva de carga horária.
A falta de diálogo com o prefeito Colbert Martins deu a tônica para a intensificação das lutas. Apesar das tentativas recorrentes das (os) representantes do sindicato de se reunir com o prefeito para dialogar sobre a pauta, este tem ignorado a manifestação da categoria. A intransigência com a qual o prefeito lida com as demandas de profissionais da educação é reproduzida pelas (os) suas (seus) representantes.
A violência direcionada a esta categoria não é uma novidade na gestão de Colbert Martins. Não podemos esquecer da barbárie promovida por guardas municipais no prédio da prefeitura municipal durante ocupação das (os) profissionais de educação, em 2022 e que seguem sem respostas e sem punição às (aos) responsáveis.
A intensificação das
lutas na rede municipal é o reflexo de um governo municipal que não prioriza a
educação, não dialoga com professoras e professores e segue uma política
estadual de sucateamento das instituições por meio da inanição financeira e
também da precarização do trabalho docente. A Adufs manifesta seu total apoio à
luta legítima da categoria por melhores condições salariais, de trabalho e pela
autonomia das escolas nas decisões internas.
Feira de Santana,
28 de fevereiro de 2024.
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