Protestos contra o governo Bolsonaro reforçam convocatória para o dia 15 de novembro

07/10/2021

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Professores da Uefs endossam as mobilizações

A recorrente ocupação das ruas de Feira de Santana contra o governo corrupto e genocida de Bolsonaro e Mourão, que endossa os protestos realizados em todo o Brasil e em outros países, tem um motivo muito forte: a ameaça diária à vida! Indignados e confiantes no grito de basta que vem das mobilizações, manifestantes fizeram um novo ato público, no último sábado (2), na Praça José Falcão, vizinha à Estação de Transbordo Norte, no bairro Cidade Nova. Este dia também serviu de convocatória para a próxima manifestação, já marcada para 15 de novembro. Docentes das Uefs estiveram presentes à atividade ocorrida neste mês.

 

O Brasil acumula indicadores alarmantes e dados catastróficos no atual governo, principalmente após a pandemia. O aumento no número de pessoas passando fome passou de 10,3 milhões, em 2018, para 19,1 milhões, em 2020, um crescimento de 85%, segundo a  Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN). A Rede é formada por pesquisadores em segurança alimentar e nutricional. Um outro estudo, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), publicado em julho deste ano, revela que uma em cada três crianças brasileiras tem anemia.

 

O auxílio emergencial não compra mais uma cesta básica. A piora das condições de alimentação do brasileiro fez o consumo de macarrão instantâneo crescer, conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi). Em 2020, o consumo movimentou R$ 3,2 bilhões. Em 2019, eram R$ 2,7 bilhões. Nos açougues, aumentou a procura por pé de galinha, quando não a disputa pelos ossos, como ocorrido em Cuiabá (MT), em julho deste ano.

 

O atual contexto, que já é preocupante, irá se agravar ainda mais com a permanência de Bolsonaro e sua equipe à frente do governo federal. Por isso, a ocupação das ruas vem como resposta e em tentativa de reverter os ataques à vida da população, principalmente a da mais pobre. Nos atos públicos, os presentes condenam o desemprego; a alta da inflação, que traz o aumento da pobreza e da fome; os constantes ataques aos direitos dos trabalhadores e ao Sistema Único de Saúde (SUS); o corte no orçamento da educação, saúde, ciência e tecnologia, a destruição das políticas sociais e ambientais; a privatização das empresas públicas; as mais de 583 mil mortes, milhares delas evitáveis, por Covid-19 no Brasil, em função da política criminosa e negacionista do governo Bolsonaro e Mourão, entre outras pautas.

 

Leia mais sobre as pautas dos protestos realizados contra o governo federal.

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