Diretoria da Adufs começa o ano com planejamento da gestão

13/01/2015

Membros da nova diretoria da Associação de Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs) se reuniram durante toda a quarta-feira (07) para o primeiro encontro de planejamento de ações e atividades para o ano de 2015. Com uma pauta extensa de demandas e discussões, a diretoria iniciou os trabalhos com uma atualização da conjuntura nacional e internacional, que sinalizou quais serão os desafios para a luta sindical e do movimento docente neste ano que se inicia.

A dinâmica política e econômica que aos poucos está sendo configurada no país projeta um cenário de crise econômica e de ruídos nas relações entre governo e classe trabalhadora, o que poderá exigir uma resposta radical de movimentos sociais, sindicais e populares em defesa de interesses comuns dos trabalhadores e trabalhadoras de várias frentes. Os ruídos já começaram com os novos nomes escolhidos por Dilma Rousseff para compor o corpo ministerial. A dualidade da indicação da senadora do agronegócio Kátia Abreu (PMDB) para a pasta da Agricultura e de Patrus Ananias (PT), nome que sempre esteve ligado à defesa da reforma agrária para o Ministério do Desenvolvimento Agrário mostra um pouco as contradições presentes na gestão da presidenta.

A “marola” que chegava ao Brasil durante o governo Lula dá fortes indícios de que se tornou um tsunami e o país pode sofrer com os fortes impactos que a crise econômica mundial este ano e que já tem atingido os países imperialistas do dito primeiro mundo. A aproximação cada vez mais eminente do governo Dilma com o projeto capitalista de sociedade pode ser percebida com a polarização de forças nas últimas eleições. E a crise internacional que eclode em países como Espanha e Portugal, onde o arrocho salarial e a majoração do desemprego provocaram respostas radicais do conjunto dos trabalhadores e movimentos sociais podem ser esperados por aqui também. Para isso, a unidade na luta e o poder de articulação darão o tom para as conquistas dos movimentos contestatórios este ano.

No âmbito estadual, radicalizar a luta será necessário e isso já está sendo percebido desde o início de 2014, quando os cortes orçamentários geraram problemas na gestão das Ueba e na desvalorização do trabalho docente. As recentes aprovações do Orçamento de 2015 e do RPC são os primeiros sinais de como a reforma administrativa no governo Rui Costa (PT) pode ter fortes impactos no funcionalismo público na Bahia. A diretoria da Adufs já assimila as necessidades de reação e prepara ações de mobilização em torno da campanha em defesa da educação pública de 2015 junto às demais AD’s através do Fórum, que se reunirá no próximo dia 19 de janeiro, quando ações conjuntas para combater os ataques do governo serão definidas. A próxima reunião da diretoria acontecerá no dia 10 de fevereiro.
 

Leia Também