Paletada dificultosa: uma história do Estatuto do Magistério
A tradição dos oprimidos nos ensina que o “estado de exceção”, no qual estamos vivendo, é a regra.Walter BenjaminClóvis Ramaiana Oliveira[1][2]Na edição do dia 26 de julho de 2000, ...
Para encerrar a série de entrevistas do Julho das Pretas, a Adufs conversou com a professora Gracinete Bastos, do Departamento de Ciências Exatas (DEXA/UEFS), que também é integrante do Grupo de Trabalho de Seguridade e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) da Adufs e 2ª vice-presidenta da Regional Nordeste III do Andes-SN. A docente que já acumula quase 30 anos na universidade, ainda sente os impactos da raça e do gênero na sua carreira, principalmente, no que se refere a visibilidade e credibilidade: “O maior desafio que enfrento na carreira é realmente a credibilidade. As pessoas acreditarem em mim, acharem que eu tenho realmente competência para fazer o que eu faço. Sempre preciso provar isso. É muito difícil e ocorre tanto com professores quanto com estudantes, a necessidade de provar minha capacidade. Além disso, também tem a invisibilidade. Ninguém nunca lembra que você existe e eu já tenho quase trinta anos de UEFS, e às vezes esquecem de mim”.
O enfrentamento ao racismo exige contínuas discussões justamente em decorrência da necessidade de construir estratégias que se adequem às novas realidades: “O Andes vem discutindo essas questões de racismo e machismo dentro dos grupos de trabalho. Já tem um tempo fazendo discussões sobre cotas raciais, além do GTPCEGDS que trata dessas temáticas, elabora cartilhas, entre outros materiais que estão disponíveis no site do Sindicato Nacional. Ainda não conseguimos atingir o que a gente queria, mas essa é uma temática que vamos continuar sempre debatendo até que as pessoas percebam seu racismo, que existe sim uma racismo estrutural. Essa sociedade foi construída em cima do racismo e tem uma parcela que sofre mais".
Quanto à ampliação da representatividade, a professora Gracinete percebe avanços, mas ainda vê muito trabalho a ser feito: “Ainda não somos maioria na Educação Superior. Nos cursos de Exatas, essa população diminui mais ainda. Com a Lei de Cotas isso vem mudando e a gente espera que mude muito mais. Quando a lei se aplica nas universidades, a mudança é perceptível para a população que, apesar de ainda muito desalentada, tenta acreditar nessa sociedade. O Andes-SN realizou uma enquete entre docentes para levantar dados de cor, raça e gênero. Provavelmente, vamos conseguir levantar um número sobre quantas são as mulheres negras no Ensino Superior”.
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