15/09: Inscrições abertas para a 5ª Volta da UEFS
Como vai funcionar?A partir do dia 15/09 – o sistema estará aberto para pré-inscrição (cadastro dos dados) no site da Races.De 16 a 19/09 – você deve levar 5kg de alimentos (arroz ou ...
Nos
últimos dias, os desdobramentos do crime bárbaro que ocorreu na cidade de Guaratinga,
extremo sul da Bahia, e tirou a vida da jovem Hyara Flor Alves que faz parte da
comunidade cigana está em evidência nas mídias brasileiras. Aos 14 anos, Hyara
foi encontrada baleada na sua residência e morreu logo após receber os
primeiros atendimentos, no dia 06 de julho. Logo após o crime, o companheiro de
Hyara, que tem a mesma idade da vítima e está sendo apontado como suposto autor
do crime, fugiu da cidade com o restante da família. Desde então, as circunstâncias
da morte vêm sendo amplamente debatidas e o preconceito contra a população
cigana ainda mais evidenciado.
O
fato é que o feminicídio é um crime bárbaro que faz cada vez mais vítimas no
Brasil. Nos noticiários e mídias sociais, diariamente, é possível acompanhar
histórias fatais num país em que a cada seis horas uma mulher é morta. Porém, o
assassinato de Hyara traz consigo mais um elemento que chama atenção da
população, o fato dela ser parte da comunidade cigana. Isso faz com que as
manifestações de discriminação e o processo de criminalização da população
aumentem.
Para o cigano da etnia Calon, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e ex-representante dos Povos Ciganos na Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT/SEPROMI), Jucelho Dantas, existe uma tendência de generalizar a população cigana, o que provoca ainda mais preconceito, fazendo com que a repercussão do caso vá além da questão de ser um feminicídio que, por si só, já é um crime repugnante: “As aberrações continuam acontecendo em todas os setores da sociedade, não é exclusividade dos ciganos. Nós, ciganos, somos iguais a todos os outros membros da sociedade, mas a sociedade, de modo geral, pega os nossos defeitos e nos crucificam como se fossemos resumidos a isso. Como se estas barbaridades fossem parte da cultura cigana”, afirma Jucelho Dantas. O professor destaca ainda que qualquer tentativa de generalização da cultura é inverossímil.
Os estigmas que marcam a população cigana colaboram para um
quadro de marginalização deste grupo que tem menos acesso às políticas públicas
e se tornam mais vulneráveis. O próprio estado brasileiro reconhece isso ao
apresentar números vagos sobre a quantidade populacional e sua localização no
território. A invisibilização associada à desinformação contribui para a
criminalização desses povos e culmina em relatos de perseguição e mortes constantes.
O professor Jucelho Dantas, que segue no enfrentamento em defesa da população
cigana, enfatizou sua tristeza diante de casos de violência que envolvem a
comunidade. No ano de 2021, relatamos a perseguição e morte de diversos integrantes
de uma mesma família cigana após o envolvimento de dois deles numa briga com
policiais à paisana. Oito ciganos foram mortos, 15 baleados e outros tantos
tiveram que fugir de suas casas para sobreviver. Infelizmente, este não foi um
caso isolado. Confira a Nota de Solidariedade da Adufs sobre o fato.
Em relação à morte de Hyara Flor, nas redes sociais as
manifestações de ódio e preconceito se multiplicam a partir da divulgação de
mais detalhes da vida das famílias envolvidas, o que tem sido um espaço fértil
para distorções e equívocos sobre a cultura cigana. Para o professor Jucelho
Dantas este é um processo violento que tende a contribuir ainda mais com a
desinformação em torno do povo cigano que é apenas mais um grupo que compõe a
diversidade da população brasileira. “Nem melhor, nem pior, apenas diferentes.
Estes são os povos ciganos”, conclui.
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