Governo Bolsonaro amplia as desigualdades de gênero no país
09/03/2022
A exploração do sistema capitalista, machista
e misógino sobre as mulheres, intensificada no governo Bolsonaro, ameaça
conquistas nas diversas áreas em mais de um século de lutas históricas da
categoria. Em se tratando do mercado de trabalho, alterações na legislação
trabalhista e previdenciária do Brasil, juntamente com a crise econômica
aprofundada pela Covid-19, ampliaram ainda mais as desigualdades de gênero.
Neste 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional de Luta das Mulheres,
a diretoria da Adufs, que sempre marca a data com mobilização, endossou o ato
construído na terça-feira (8) por diversas entidades para reafirmar a luta pela
defesa dos direitos das mulheres e pelo fim das desigualdades de gênero.
Os efeitos da crise no mercado de trabalho
resultaram na ampliação do desemprego, informalidade, trabalho precário,
redução do rendimento dos trabalhadores e da desigualdade, prejudicando mais as
mulheres, sobremaneira, as negras e pobres, que ocupam posições mais
vulneráveis no mercado de trabalho, historicamente. Pesquisa divulgada em 2021
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) revela que entre o terceiro trimestre de 2019 e 2020, a ocupação
feminina saiu de 41,2 milhões para 35,5 milhões. Neste mesmo período, o
contingente daquelas situadas fora da força de trabalho aumentou 8,6 milhões. A
discrepância salarial entre homens e mulheres também ficou evidenciada. Em
2019, elas recebiam R$ 1.947 e eles, R$ 2.518. No ano de 2020, elas ganhavam R$
2.191 e eles, R$ 2.694.
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