Jornada de lutas para barrar a aprovação da Reforma Administrativa entra na última semana de protestos
15/12/2021
A Adufs compôs as mobilizações organizadas na capital federal
Os ataques do governo
Bolsonaro aos serviços públicos ao longo dos últimos anos evidenciam o caráter
desumano dessa gestão. Em todas as áreas, instituições públicas foram
prejudicadas e, consequentemente, o acesso da população aos serviços vem sendo
cada vez mais comprometido, gerando consequências a curto, médio e longo prazos
para a qualidade de vida em território nacional.
Os efeitos Bolsonaro nas
instituições públicas apontam para uma redução drástica da qualidade dos
serviços que vem não somente pela retirada de recursos das instituições, mas
também pela falta de contratação de profissionais qualificados/as, o que além
de prejudicar a oferta de serviços ainda precariza as relações trabalhistas ao
forçar o acúmulo de funções para determinados servidores/as. Segundo dados do
Painel Estatístico de Pessoal do governo federal, de todas as admissões em 2021
somente 8,6% foram por meio de concursos.
Diante deste cenário, não
há possibilidade de arrefecimento no enfrentamento contra a aprovação da
Reforma Administrativa. Se sem a aprovação da legalização da destruição dos
serviços públicos, o governo Bolsonaro já é capaz de tamanha destruição,
imagine com autorização legal para reduzir drasticamente a oferta de recursos e
contratação de pessoal?! Além disso, com a aprovação da PEC 32, o presidente terá em
mãos a possibilidade de extinguir órgãos públicos com apenas uma canetada e
demitir pessoal concursado sem grandes impedimentos.
Contra
este regresso no exercício democrático, os protestos em Brasília continuam.
Nesta semana, os atos públicos organizados pelo Sindicato Nacional ocorreram na
terça (14), quarta-feira (15). Na terça (14), os servidores e servidoras protestaram
no aeroporto de Brasília e no Anexo II da Câmara dos/as Deputados/as. No dia
seguinte (15), as mobilizações foram na entrada da Câmara para conversar com os
deputados e deputadas sobre a importância de barrar a PEC 32 e em frente ao
Anexo II da Câmara.
A
professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e diretora da
Regional Nordeste III do ANDES-SN, Reinalda Oliveira, está mais uma vez presente
nos protestos, nesta última semana da jornada de lutas em Brasília. Sábado
(11), a docente, juntamente com outras
seções sindicais do ANDES-SN e representantes de outras entidades,
esteve em Maceió (AL), onde fizeram um ato em frente à residência do deputado
Arthur Lira. A proposta dos manifestantes era entregar um documento ao
deputado solicitando o fim imediato da tramitação da PEC 32 na Câmara dos
Deputados e a consequente retirada do projeto da pauta de votações. O
parlamentar não recebeu os presentes. Leia o documento.