Na próxima sexta-feira (14), a Adufs completará 40 anos. Por conta da pandemia, este ano não haverá comemoração festiva, mas a data será marcada. A diretoria da Adufs, através da Assessoria de Comunicação, está preparando alguns materiais de divulgação com a história de lutas e conquistas da seção sindical e os desafios enfrentados pelos docentes para garantir as atividades acadêmicas através do Ensino Remoto Emergencial (ERE). Também haverá depoimento de professores da Uefs e de representantes do Fórum das ADs, ANDES-SN e CSP-CONLUTAS sobre a importância da seção sindical não só para o movimento docente, mas para a luta do conjunto da classe trabalhadora.
Cards, Live, vídeo e matéria contarão esta história, construída ao longo de quatro décadas por diversas mãos docentes, que em alguns momentos, mesmo tendo posições políticas diferentes, uniram-se em torno de uma pauta comum: a defesa da educação pública superior. Discentes e técnico-administrativos da Uefs e das demais universidades estaduais baianas também colaboraram com esta luta. Em nível nacional, a Adufs participa das discussões e organização das atividades realizadas pelo ANDES-SN e pela CSP-CONLUTAS.
Desde a sua fundação, a Adufs preocupou-se em estender sua luta à de trabalhadores de outras categorias que reivindicam uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária. Em Feira de Santana, nos últimos anos, a seção sindical esteve presente em protestos organizados por vendedores ambulantes expulsos dos seus locais de trabalho pela prefeitura, que não garantiu a esses profissionais outra forma de prover o seu sustento; pelo Fórum Popular de Saúde do município; por diversas entidades que reivindicam melhorias no transporte público da cidade; entre tantas outras lutas.
A experiência de quarenta décadas reforça que somente a luta é capaz de reverter os ataques dos governos federal, estadual e municipal à educação pública e aos direitos dos trabalhadores. Por isso, a Adufs sempre decidiu suas ações após amplo debate com a categoria que, confiante na seção sindical, mantém-se unida e forte para enfrentar as investidas contra os docentes.
Elson Moura, diretor da Adufs, pontua que a seção sindical sempre se empenhou para construir a unidade na luta com outras categorias de trabalhadores e trabalhadoras, já que esta é uma importante estratégia de enfrentamento à ofensiva do “capitalismo em sua expressão ultraliberal”, ao extremismo de direita e aos diversos ataques em curso pelo governo Bolsonaro. Entre as investidas governistas estão a reforma administrativa, as Propostas de Emenda Constitucional (PEC) e as medidas provisórias que preveem a redução de salários para os servidores, da jornada e salários dos trabalhadores e o contingenciamento dos recursos destinados ao setor público, que “padece da política que privilegia o lucro capitalista, produzido por subsídios diretos do Estado”.
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