Dia Internacional da Mulher, em meio à pandemia, escancara desigualdades de gênero e reforça necessidade de luta pelos direitos das mulheres

09/03/2021

Movimentos organizados por diversas frentes têm ao longo da história se mobilizado contra as opressões que cercam as mulheres; em contrapartida, as manifestações contrárias que visam cercear o espaço conquistado por elas também ganham força. Em especial no Brasil, vimos nos últimos anos o crescimento de uma onda conservadora com valores misóginos, machistas, homofóbicos, lesbofóbicos e transfóbicos que transformam os eixos de subordinação ainda mais acirrados.

Os movimentos em defesa dos direitos das mulheres, na sua diversidade, têm ganhado popularidade, principalmente entre as mais jovens, e com o apoio das mídias alternativas. Estas mídias apresentam as múltiplas possibilidades de enfrentamento ao machismo, ao mesmo tempo que ainda são movimentos que trazem consigo os estereótipos alimentados por uma mídia hegemônica sedenta por clichês que, por décadas, resumiram as lutas pela liberdade das mulheres a uma pauta conservadora e sexista. Nestas mídias enfatiza-se a exposição do corpo como o elemento mais importante para atrair os falsos moralistas e não os enfrentamentos ali engendrados.

O direito ao trabalho remunerado, ao voto e a educação são apenas algumas das mais marcantes conquistas lideradas por ideais feministas. No universo recente, a Lei Maria da Penha (2001), a Lei do Feminicídio (2015) e a Lei da Importunação Sexual (2018) são importantes conquistas que legislam sobre a liberdade de se manterem vivas, uma condição dignamente conquistada a duras penas por mulheres que resistiram mesmo diante das múltiplas adversidades que atravessam diretamente os seus caminhos cotidianamente. É bem verdade que estas lutas custaram as vidas de muitas delas. O incêndio na fábrica dos Estados Unidos que levou à morte de 146 trabalhadores e trabalhadoras, entre eles 125 mulheres, em 8 de Março de 1857, é uma das origens da luta que vem se reinventando para quebrar as correntes que aprisionam não apenas um grupo de mulheres, mas que reconhece na liberdade de todas, independente raça, etnia ou sexualidade, uma pauta inegociável.

Leia mais no nosso site.

Leia Também