Pressão por retomada das atividades presenciais na educação exige resposta imediata das organizações

11/01/2021

Após um ano praticamente sem atividades presenciais na área de educação, a pressão pela volta às aulas presenciais coloca em xeque a sobrevivência de docentes, estudantes e demais profissionais do campo educacional. Quinze estados já determinaram a volta as aulas em 2021, reforçando a política genocida que vem sendo desenvolvida pelo governo federal que minimiza os impactos da pandemia mesmo com mais de 200 mil mortes notificadas em todo o país.

Estudos apresentados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam para um alto grau de contaminação que pode ser provocado pela volta às aulas em todo o país, expondo mais de 9,3 milhões de brasileiros pertencentes a grupos de riscos que atualmente fazem parte do quadro profissional da educação. As secretarias de educação prometem o controle rígido do protocolo de segurança que sabemos não ser possível diante da estrutura física e recursos disponibilizados para as instituições públicas que sequer atendem demandas sanitárias básicas para o funcionamento cotidiano fora da pandemia.

Além da contaminação dos membros da comunidade interna, a retomada das atividades presenciais pode ainda impactar a sociedade tendo em vista que o fluxo de pessoas nas ruas aumenta significativamente, superlotando transportes públicos, fazendo com que seja possível o aumento do contágio, colapso no sistema de saúde e consequente aumento do número de mortes.

Diante do pedido de aprovação para aplicação de vacinas emergenciais no país, as ações pela preservação de vidas contra a abertura de escolas devem ser potencializadas, por isso a CSP-Conlutas está com uma forte campanha contra a volta às aulas no período da pandemia. A Central reafirma sua política pela quarentena geral a todos os trabalhadores e reforça ser uma irresponsabilidade e uma política criminosa dos governos colocar milhares de estudantes nas ruas.

Leia Também