Adufs participa de reunião das instituições federais, estaduais e municipais de ensino

15/12/2020

Os diretores Jucelho Dantas e Reinalda Souza Oliveira representaram a Adufs na reunião conjunta dos setores das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (Iees/Imes). Os presentes encaminharam uma rodada de assembleias nas bases até o dia 5 de fevereiro de 2021, para organizar uma greve sanitária, caso o Ministério da Educação (MEC) insista no retorno presencial das atividades acadêmicas.

Os professores falaram sobre os ataques à autonomia e as intervenções nas universidades, institutos e Cefet; o Ensino Remoto Emergencial e o retorno às atividades presenciais em 2021. Durante o encontro, os presentes reafirmaram a posição contrária à substituição do ensino presencial pelo remoto e reforçaram que a medida é um ato de irresponsabilidade do governo e põe em risco a vida da comunidade interna e externa.

Também conforme os encaminhamentos da reunião, as seções sindicais devem: cobrar das instituições a construção de um Plano Sanitário e Educacional que trate das condições de infraestrutura material, física e de pessoal para 2021; organizar uma ampla campanha solicitando a vacinação dos servidores e dos estudantes; denunciar as consequências do ensino remoto emergencial e organizar, através do ANDES-SN, um dossiê das intervenções na autonomia das IES. A proposta do documento é divulgar, no início do próximo ano, a luta pelo fim das listas tríplices e exigir respeito à autonomia das IES e à decisão das comunidades universitárias para a indicação de reitores.

“Os relatos feitos na reunião foram estarrecedores. Em todo o país, as universidades públicas têm sido sucateadas pelos governos nos âmbitos federal e estadual. Defenderemos a unidade em prol do ensino público superior, principalmente neste período de pandemia”, disse Jucelho Dantas.

Reinalda Souza reforçou a preocupação dos presentes com as atividades no formato virtual e com o nítido ataque do Governo Federal às universidades e institutos federais com a indicação de reitores interventores durante a pandemia do coronavírus. “Em desabafo, os professores falaram sobre o sofrimento dos docentes e estudantes com as aulas remotas. Outra situação que incomodou bastante a comunidade acadêmica foi a nomeação de reitores não eleitos pela comunidade universitária, abrindo caminho para a intervenção em 17 universidades. A Universidade de Brasília é uma delas”, pontuou.

A reunião conjunta dos setores das Ifes e das Iees/Imes ocorreu no dia 8 de dezembro e se deu de forma virtual, em decorrência da pandemia da Covid-19.

Fonte: Adufs, com informações do ANDES-SN
 

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