Cobrança de professores força a intensificação do debate sobre o semestre letivo extraordinário

25/05/2020

A proposta da Administração Superior da Uefs de manter as atividades de ensino no formato não presencial este ano, através do período letivo extraordinário, não entrou na pauta da reunião do Conselho Superior (Consu), ocorrida na última quinta-feira (21). O ponto, conforme informado à diretoria da Adufs, durante o encontro daquele dia, voltará a ser discutido na próxima reunião, ainda sem data definida.

Desde o dia 15 de maio, os diretores posicionaram-se oficialmente contrários à proposta. A postura da diretoria tem como referência a indicação do ANDES-SN, que ao longo de duas décadas discute a qualidade da educação pública superior, e dos professores presentes à reunião ampliada, realizada de forma virtual pela diretoria da Adufs, no dia 5 de maio. Uma segunda reunião ampliada promovida pela diretoria para debate da proposta ocorreu no dia 19 deste mês, quando a categoria reafirmou esta posição.

De acordo com relatos feitos em ambas as reuniões, manter as atividades de ensino através do período letivo extraordinário deixou muitos professores insatisfeitos. Conforme discutido pela categoria, a diretoria defende a suspensão das matrículas de componentes curriculares nos cursos de graduação e pós-graduação e reivindica que a universidade reconheça o registro das atividades no período de excepcionalidade. A posição dos docentes foi reforçada em nota publicada pela Associação no dia 22 de maio.

No documento publicado na semana passada, a diretoria rechaça a proposta, principalmente pela discussão apressada da pauta, pela exclusão de parte significativa de estudantes e pela responsabilização dos professores em assumir aulas não presenciais com comprometimento no uso das tecnologias digitais e acesso com qualidade à internet.

A diretoria da Adufs segue acompanhando o debate sobre a pauta.

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