Diretoria convida professores a participarem de mobilização nacional em defesa da educação pública

01/10/2019

Em conformidade com os encaminhamentos das entidades do Setor da Educação, a diretoria da Adufs convida os professores da Uefs a participarem da mobilização nacional em defesa da educação pública. A atividade será realizada nesta quarta (2) e quinta-feira (3). No primeiro dia haverá debate nas escolas e institutos e, no segundo, um ato público às 16h, na Praça de Alimentação de Feira de Santana. O protesto de 48 horas foi intitulado de Greve Nacional da Educação. Não haverá paralisação das atividades acadêmicas na Uefs.

A proposta do protesto é defender a educação, a ciência e tecnologia públicas, atacadas pelo governo federal e nos estados. Exemplos disso são os sucessivos bloqueios de recursos para as universidades, institutos federais e Centros Federais de Educação Tecnológicas (Cefet); a redução de recursos para a pesquisa e a extensão; a perseguição contra professores através das orientações do Programa Escola sem Partido; a ameaça crescente do fim dos concursos públicos; entre vários outros retrocessos.

Os trabalhadores vêm sofrendo com a ampliação da retirada de direitos. Além disso, a aprovação da Reforma da Previdência que, mesmo sob intensos protestos dos trabalhadores e estudantes, deve ser votada em primeiro turno no Senado nesta terça-feira (1º), é uma ameaça que paira sobre todos os que vivenciam a realidade brasileira.

Na Bahia, a situação não é diferente daquela imposta pelo governo federal. A educação pública também enfrenta sérios ataques do governo Rui Costa (PT). Em se tratando das universidades estaduais, tem sido constante a retirada ou cerceamento aos direitos trabalhistas, a exemplo da extinção da licença sabática; a não garantia do regime de dedicação exclusiva e do reajuste linear; a morosidade no encaminhamento dos processos de promoção e progressão; entre outros. Sem falar no ataque ao orçamento das universidades, que passa por contingenciamentos consecutivos.

Em se tratando da educação básica houve a publicação de uma portaria, no dia 9 de setembro, no Diário Oficial do Estado (DOE), que abre a possibilidade de entidades como Organização Social gerirem escolas estaduais em Salvador, Alagoinhas, Ilhéus e Itabuna. Ao que parece, seria uma espécie de terceirização ou privatização da gestão escolar proposta pelo governo petista, como nos moldes defendidos pelo governo federal no programa Future-se nas universidades federais.

Uefs sem paralisação
Apesar de algumas entidades terem aprovado a greve de 48 horas, não haverá paralisação das atividades acadêmicas na Uefs porque não houve quórum na assembleia convocada para o dia 18 de setembro, cuja pauta tinha como ponto a Greve Nacional da Educação.

Ainda assim, a diretoria da Adufs reitera o convite aos professores para que compareçam às ruas de Feira de Santana no dia 3 de outubro e endossem a luta em defesa da educação, tecnologia e ciência públicas. As atividades estarão paralisadas na Uneb, Uesb e Uesc.  

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