A quantidade de estudantes na fila do Restaurante Universitário (RU) reduziu consideravelmente. Há alguns dias, tem sido comum vê-los em estabelecimentos alimentícios localizados nas redondezas da Uefs ou circulando com marmitas pelo campus. A resposta para a mudança na rotina, segundo os discentes, é a condição higiênico-sanitária das refeições oferecidas.
Os alunos queixam-se da presença de caramujo e larva na comida servida no RU. Além disso, reclamam que houve redução nos tipos de carne e de suco. “Encontrei um bicho no feijão. Mostrei para a nutricionista, mas ela disse que não se tratava de uma larva. De qualquer forma, era algo que não faz parte do feijão. Só continuo me alimentando no RU porque não tenho condições financeiras para ir a outro local. Está muito difícil”, relatou BHJ, estudante do curso de Filosofia que não quis ter o nome revelado.
“Por conta do vídeo que circulou na internet com imagens da larva na comida, deixei de me alimentar no RU. Antes do ocorrido, até pensava em fazer as três refeições no restaurante. Depois disso, não quero mais”, disse Tatiane Santiago, aluna de Licenciatura em Matemática. Vinícius Moreira, aluno deste mesmo curso, acrescenta que traz marmita de casa ou, outras vezes, lancha nas cantinas da universidade.
Administração da Uefs
A coordenadora geral da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis da Uefs (Propae), Renata Dias, informou que o setor não foi oficialmente informado pelos estudantes sobre o ocorrido, mas que requereu esclarecimentos à empresa prestadora do serviço à universidade. Ainda conforme a Propae, a empresa informou que aumentou a higienização dos alimentos, intensificou o treinamento da equipe e trocou a marca de alguns itens alimentícios.
Entre o final de julho e a primeira quinzena de agosto, o RU ficou sem funcionar por conta da mudança no contrato com a empresa prestadora do serviço. Os estudantes, que neste período ficaram sem as refeições, reclamam do trabalho prestado pela nova empresa. Fazem parte das queixas a redução na quantidade das refeições, o aumento no valor dos alimentos e a presença de itens ricos em gordura no café da manhã.
Em ofício enviado à Adufs, a Propaae informou que em se tratando da adequação da contribuição estudantil e da diminuição na quantidade das refeições, “estas alterações foram realizadas por questões orçamentárias e para que se pudesse manter o Restaurante Universitário funcionando e atendendo à comunidade universitária”. No documento, a Propae ainda pontua que apesar das alterações contratuais, o cardápio disponibilizado preza pela qualidade e adequação nutricional.
A diretoria da Adufs está atenta e acompanhando a situação, a fim de tentar colaborar com a qualidade do serviço oferecido à comunidade acadêmica.
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