Pelo segundo mês consecutivo, os salários dos professores da UEFS foram cortados por iniciativa do governo do estado, que não reconhece a legitimidade do Movimento Docente (MD). Em mais uma ofensiva autoritária, Rui Costa demonstrou total desrespeito aos professores em greve ao suprimir os salários sem sequer sentar para negociar o pleito da categoria.
A Assessoria Jurídica da ADUFS já havia entrado com um mandado de segurança na tentativa de assegurar o pagamento referente ao mês de abril, no entanto, a ação foi indeferida pelo Desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano. A Assessoria recorreu e aguarda novo parecer sobre a questão.
O corte de salário dos professores é uma retaliação do governo, que tenta minar o MD através de ações para inviabilizar a continuidade da greve, ao invés de negociar para que a situação chegue a uma conclusão que seja positiva para ambos.
Professores afastados
Não bastasse o autoritarismo em cortar os salários dos professores das universidades estaduais baianas por conta da greve, o governo Rui Costa suspendeu também os pagamentos daqueles oficialmente afastados por licenças médica, prêmio, sabática e maternidade. Tamanha maldade pode representar até risco de vida para os servidores. Na UEFS, por exemplo, há casos em que o docente está em internamento hospitalar e precisa de recursos para pagamento das despesas relacionadas ao tratamento da doença.
A Gerência de Recursos Humanos da UEFS (GRH) disse que ao ser informada sobre o corte salarial dos docentes em licença, efetuado no mês de abril, enviou um documento à Secretaria Estadual da Administração (Saeb) solicitando a resolução do problema. Os salários foram restabelecidos ainda no mês passado de forma integral para alguns e parcial para outros. Há casos de servidores que não tiveram ressarcimento. Ainda conforme o setor da universidade, o órgão estadual será novamente contatado para resolver o inconveniente gerado pelo segundo mês de corte.
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