Caso de ex-assessor e ministros denunciados colocam em xeque futuro governo Bolsonaro

24/12/2018

A bandeira anticorrupção foi um dos pilares da campanha que levou Jair Bolsonaro (PSL) a ganhar as eleições este ano, mas o caso do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e vários ministros envolvidos em denúncias de irregularidades levantam graves suspeitas antes mesmo de o governo ter início.

Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro, está sumido desde que veio à tona o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta que ele teve movimentação financeira suspeita em sua conta em 2016, na qual realizou operações financeiras em um montante de R$ 1,2 milhão.

Além de ter feito um depósito na conta de Michele Bolsonaro, esposa do presidente, no valor de R$ 24 mil, o relatório demonstra o depósito de vários funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro na conta de Queiroz, coincidentemente sempre nos dias de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O modus operandi demonstra que o assessor seria um “laranja” da família Bolsonaro, ou seja, intermediaria a cobrança de um pedágio dos demais funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro para depois repassar ao então deputado estadual.

Ministro condenado
Como se não bastasse, o advogado Ricardo Salles, anunciado por Bolsonaro como futuro ministro do Meio Ambiente, foi condenado nesta quarta-feira (19) por improbidade administrativa e teve os direitos políticos suspensos por três anos.

Mas não é somente Ricardo Salles que está enrolado com a Justiça sob denúncias de irregularidades. Pelo menos, outros oitos futuros ministros também são alvos de suspeitas.

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.

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