Professores da Uefs mobilizados para barrar o crescimento do fascismo

22/10/2018

Engajados na defesa intransigente da democracia, os professores da Uefs têm intensificado as ações de combate às ameaças fascistas que tomam conta do Brasil e vêm ganhando força no segundo turno das eleições presidenciais. Estão sendo organizadas mobilizações dentro e fora do campus, com panfletagem, ato público e diálogo com a comunidade externa. Ações também ocorreram no último sábado (20) e domingo (21). Ainda houve debates na universidade. As atividades continuam nesta semana.

Na última quinta-feira (18), a categoria esteve no bairro Feira VI para panfletar e alertar a população quanto aos perigos iminentes da chegada das forças políticas reacionárias à Presidência da República. Na sexta (19) houve ato público no Centro de Feira de Santana e, no dia 20, os docentes endossaram o Ato pela Vida das Mulheres, em Defesa da Democracia e dos Nossos Direitos, promovido por diversas entidades de Feira de Santana e realizado em frente à Prefeitura Municipal. No domingo (21), a diretoria da Adufs serviu um café da manhã na feira livre do bairro Cidade Nova.

As atividades são organizadas por diversas entidades, como a Adufs, o Diretório Central dos Estudantes (DCE/Uefs), o Comitê em Defesa da Democracia e contra o Fascismo, a Frente Nenhum Direito a Menos e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest). Veja a agenda de mobilização

Defesa do Estado Democrático
Os docentes que usaram os espaços das mobilizações para falas ressaltaram, de forma veemente, a necessidade de todos reagirem nas ruas e nas urnas ao crescimento da violência e da cultura do ódio, usados pelas forças políticas conservadoras para negar a cidadania àqueles historicamente desfavorecidos e reprimir as liberdades individuais.

A categoria defendeu que a xenofobia, misoginia, LGBTfobia, racismo, intolerância política e machismo não devem existir! Paralelamente, as falas convidaram os transeuntes e os atentos às mobilizações a assumirem o compromisso com os princípios do Estado Democrático de Direito e com a luta contra todas as formas de autoritarismo, violência e repressão, a fim do estabelecimento de uma sociedade mais justa, igualitária, solidária e tolerante.

Conforme a Agência Pública, em parceria com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Open Knowledge Brasil, houve ao menos 50 ataques de ódio no Brasil nos dez primeiros dias de outubro. Ainda de acordo com o levantamento, a maior parte das agressões ocorreu nas regiões sudeste (33), nordeste (18) e sul (14).

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