Políticas recessivas e cortes sociais trazem de volta mortalidade infantil, doenças erradicadas e pobreza

23/07/2018

Depois de 16 anos, o Brasil apresentou alta na taxa de mortalidade infantil. Foram 14 mortes a cada mil nascidos em 2016, um aumento de 4,8% em relação a 2015, quando 13,3 mortes foram registradas. O resultado interrompe uma trajetória contínua de queda que ocorria desde 1990.

A epidemia de zika vírus e a crise econômica foram apontadas pelo Ministério da Saúde como causas desse crescimento. Mas, entidades sociais, profissionais e pesquisadores apontam que problemas mais estruturais contribuíram para essa estatística, como cortes em programas sociais, a exemplo do Bolsa Família, e na saúde pública, com a extinção de leitos pediátricos nos hospitais públicos.

Em relação à pobreza e extrema pobreza, o economista Francisco Menezes, pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), alerta que o Brasil pode voltar ao Mapa da Fome. Para Rosália Fernandes, dirigente do Sindsaúde-RN e integrante da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas, não há como negar a relação do aumento da pobreza com os problemas decorrentes da política de cortes do orçamento, privatizações e medidas recessivas dos governos.

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.  

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