Congresso da CSP garante paridade na participação de mulheres na Secretaria Executiva Nacional

17/10/2017

Cerca de 2600 pessoas de todo o país, das zonas rural e urbana, entre delegados, observadores e convidados, participaram do 3° Congresso da CSP-Conlutas, que começou na última quinta (12) e terminou domingo (15), em Sumaré (SP). Entre as resoluções aprovadas está a garantia de que 50% da Secretaria Executiva Nacional da Central seja composta por mulheres. A Adufs foi representada pelo diretor Gean Santana e pelo professor Jucelho Dantas.

Conforme a resolução, as entidades filiadas à CSP-CONLUTAS terão a obrigação de indicar mulheres ao processo de composição da Secretaria. Antes, como não havia a garantia da paridade de gênero, as entidades não tinham esse compromisso, segundo a professora Caroline Lima, lotada na Universidade do Estado da Bahia e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual do ANDES-SN.

“A Central tem um importante papel na reorganização da classe trabalhadora do país. Porém acaba reproduzindo, nos seus espaços de formação e atuação, uma maior participação de homens, principalmente brancos”, pontuou a docente. A Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS irá discutir mecanismos para conduzir o processo já debatido no âmbito nacional nas coordenações e executivas estaduais da Central. A Secretaria Executiva Nacional é eleita na Coordenação Nacional e tem mandato de dois anos.

Plano de ação
Os participantes do 3° Congresso da CSP-Conlutas ainda definiram que as categorias presentes voltarão às bases com a tarefa imediata de construir um grande Dia Nacional de Paralisações e Greves, em 10 de novembro, para parar o país contra as reformas do governo Temer; realizar o Dia de Luta em Defesa da Educação Pública, na próxima quinta (19); organizar o Dia de Luta em Defesa do Serviço Público, em 27 deste mês; além de lutar para recolocar na ordem do dia a realização de uma nova Greve Geral no país.

Também foram reafirmados o posicionamento contrário ao Imposto Sindical e a luta em defesa da autossustentação dos trabalhadores, sem intervenção do Estado; além de aprovadas moções de apoio às greves e repúdio às perseguições.

Segundo Gean Santana, “o 3º Congresso mostrou que a Central cumpre um papel importante na reorganização dos trabalhadores, diante da opção da CUT que, ao invés de defender os interesses da classe, escolheu uma política de conciliação de classes e de apassivamento desses. O processo de reorganização ainda está em curso. Precisamos apontar o caminho para a unificação dos vários setores que se mantêm no campo classista e combativo, mas se encontram fragmentados em várias organizações e entidades”

Participação internacional
Não somente trabalhadoras e trabalhadores brasileiros estiveram no 3° Congresso da CSP-Conlutas. O encontro teve também a presença de uma importante delegação internacional de vários países das Américas, Europa, Ásia e Oriente Médio.

Cerca de 100 ativistas da Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, México, El Salvador, Haiti, Costa Rica, Estados Unidos, Portugal, França e Itália, Tunísia, Síria, África do Sul, Palestina, entre outros, marcaram presença.

Fonte: Adufs, com informações da CSP-Conlutas. 

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