Reforma do Ensino Médio é tema de debate

17/10/2016

A Adufs participou de uma mesa de discussão sobre as mudanças impostas pelo governo Temer ao Ensino Médio. Os impactos políticos e pedagógicos da reforma comprometem a formação dos discentes e o trabalho docente, além de ameaçar a defesa da educação democrática, pondo em cheque esse direito fundamental garantido pela Constituição de 1988. A atividade ocorreu na última sexta (07).

Enviada ao Congresso no dia 23 de setembro, por meio da Medida Provisória (MP) 746/16, a proposta não foi dialogada com estudantes, professores, especialistas e a sociedade. Entre as mudanças estão: a não obrigatoriedade do ensino de algumas disciplinas; uma carga horária mínima anual do ensino médio, que deverá ser progressivamente ampliada para 1.400 horas; deixar a cargo do estudante a escolha das disciplinas a cursar; e, ainda, que profissionais sem licenciatura ou formação específica sejam contratados para ministrar aulas.

Para o diretor da Adufs, Edson do Espírito Santo, que compôs a mesa do debate, “o caminho é estreitar as atividades com a professores, estudantes e outros profissionais da educação básica. As ocupações das escolas pelos estudantes em todo o Brasil e as reações de lutadores sociais e sindicatos com moções de repúdio demonstram disposição para uma maior mobilização para barrar essa MP”.

Organizado pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da Uefs (PROGRAD), em parceria com a Adufs e o Departamento de Educação da Uefs (DEDU), o debate também contou com a participação do professor Antônio Almerico Biondi (UFRB) e da professora Raquel Cruz (UEFS).

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