Trabalhadores e estudantes em luta endossam paralisação nacional

22/09/2016

Trabalhadores de diversas categorias e estudantes foram às ruas de Feira de Santana, nesta quinta (22), protestar contra a retirada de direitos, a política de ajuste fiscal e em repúdio ao governo Michel Temer. Na ocasião, os manifestantes endossaram a disposição em construir a unidade rumo à greve geral. A mobilização, realizada em todo o país, faz parte da Jornada de Lutas.

A manifestação começou com uma concentração em frente ao Paço Municipal, seguiu pela avenida Getúlio Vargas (nas imediações da Praça de Alimentação), rua Conselheiro Franco, praças Froés da Mota e D Pedro II, ruas Carlos Gomes e Visconde do Rio Branco, culminando com um ato de encerramento na Praça do Fórum Desembargador Filinto Bastos. Nas falas, houve registro da indignação com o aprofundamento dos ataques ao setor público e com o conjunto de projetos que retiram direitos trabalhistas garantidos constitucionalmente, como o Projeto de Lei (PL) 257, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, as reformas previdenciária e trabalhistas e os PLs relacionados ao Movimento Escola sem Partido.

O Movimento Docente (MD) da Uefs, em conjunto com os estudantes e técnico-administrativos, ainda denunciaram que o governo Rui Costa aplica aos servidores e à educação pública a mesma cartilha do governo federal. “Os governos querem garantir a recomposição dos lucros do capital às custas do sacrifício do setor público e da população. Diante desse cenário, é importante que estejamos mobilizados para lutar pelos nossos direitos e exigir investimentos em políticas sociais”, disse Elson Moura, diretor da Adufs.

Mesmo desnecessária, a Polícia Militar (PM) se fez presente na concentração e durante todo o percurso do ato público. Motos e uma viatura deram reforço aos oficiais armados que seguiram os manifestantes. A presença da PM nos protestos organizados pelas entidades, convém lembrar, é uma constante no Estado da Bahia, onde há a frequente criminalização dos movimentos sociais.

O protesto, em Feira de Santana, foi construído pelo Comitê Local em Defesa da Educação Pública, Fórum Popular de Saúde, APLB, Oposição Metalúrgica, Sindicato da Construção Civil, Ectistas em Luta e pelo Centro Sindical de Apoio ao Trabalhador (Cesit). Ainda endossaram a mobilização membros da Rede Cáritas, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alagoinhas, SINTEST, SITGRAF, SINPA, FETAG e SINPRO.

Os representantes das entidades que construíram o protesto no município se reúnem na próxima segunda-feira (26), às 18h, em local a ser definido, para avaliar o ato público desta quinta (22) e discutir os próximos passos da luta.

Outras mobilizações
Ainda como parte da Jornada de Lutas, realizada entre 12 e 15 deste mês, em Brasília, os professores da Uefs apoiarão, sem a suspensão dos trabalhos, a paralisação nacional aprovada pelos metalúrgicos para 29 de setembro, além da paralisação das atividades na primeira quinzena de outubro. Os encaminhamentos foram aprovados pela categoria, em assembleia, realizada no dia 20 de setembro.

A Adufs foi representada na Jornada pelos diretores Elson Moura, Gracinete Souza, Gean Santana e Geraldo Ferreira de Lima. Ainda participou o professor Jucelho Dantas. 

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